“Gostaria de contribuir para que o design português seja realmente respeitado no âmbito internacional.”
A designer de moda Katty Xiomara nasceu a 1974. O primeiro passo nesta área foi dado como estudante de Moda, no Portugal Fashion em 1996. Ao longo dos anos, tornou-se presença assídua nas edições nacionais, tendo também participado em algumas edições do Portugal Fashion Paris. Em 2005 iniciou a sua participação em feiras internacionais como a Bread & Butter, Berlim e Barcelona, e a Project, Las Vegas.
Como surgiu a paixão pela moda?
Não sei muito bem como, em pequena desenhava algumas coisas num pequeno caderno de bolso, mas nada sério. Senti alguma indecisão entre arquitetura, design gráfico e design de moda, mas tudo me levou ao encontro desta última.
O estágio é um fator importante na área da moda?
Penso que sim. É uma forma de vivenciar a realidade de perto e perceber que o glamour não é o elemento essencial.
A sua jornada iniciou-se ainda como estudante de moda, no Portugal Fashion, em 1996, qual foi o significado de que teve para si?
Foi surpreendente no sentido lato do termo. Uma janela para o público que não contaria ter tão cedo.
Qual foi a importância que teve participar em algumas edições do Portugal Fashion Paris?
Só participei numa amostra individual e em três coletivas, mas foi bastante significativo porque abriu algumas portas no panorama internacional.
Em 2005 iniciou a sua participação em feiras internacionais como a Bread & Butter, Berlim e Barcelona, e a Project, Las Vegas, sente que foi uma mais valia para a sua carreira?
Sim de facto o convite para participar na Bread & Butter Berlim foi resultado do nosso desfile individual em Paris com o PF. A participação em feiras expandiu as nossas fronteias e exponenciou as nossas capacidades como marca.
Em 2007 abre a sua loja/atelier na Rua da Boavista no Porto, como surgiu o projeto?
A loja é resultado da abertura do atelier no mesmo espaço pelo que bebe da sua essência oferecendo um atendimento personalizado. O projeto surge como consequência da evolução da marca.
Recorda-se da primeira peça que criou?
Lembro-me dos materiais e do conceito da primeira coleção e também das dificuldades de concretização.
Qual é a inspiração para as suas criações?
Tudo pode servir como mote de inspiração, na verdade é o conjunto de diversas coisas desde o ambiente social e político até ao cinema e às artes. O que torna tudo especial é o filtro utilizado para as interpretar.
As suas coleções são direcionadas para um determinado público?
Quando desenho penso numa mulher que irá comprar a minha marca junto com tantas outras marcas e criativamente misturá-las no seu guarda-roupa. Penso numa mulher ativa, com atitude e personalidade, que gosta de se sentir mulher sem receio que a sua feminilidade a torne mais vulnerável.
Mais tarde, em 2012, recebe a visita oficial do Presidente da República Portuguesa, Professor Aníbal Cavaco Silva, no âmbito da visita às indústrias criativas de excelência, o que isso proporcionou?
Na verdade, só nos proporciona uma boa sensação que traz algum reconhecimento, mas só isso!
Em setembro de 2013 apresentou as suas coleções na Semana de Moda de Nova Iorque. Considera os eventos no estrangeiro uma ótima forma de expandir o seu trabalho?
É uma porta de entrada para uma exposição da marca de forma mais ampla e abrangente. Contudo, esta exposição é também muitíssimo mais competitiva e desproporcionada, pois concorremos com marcas que têm um verdadeiro suporte financeiro e estratégico.
Ao receber os prémios, Silver Winner outorgado pela IDA "International Design Awards” em 2014 e uma Honorable Mention em 2015 qual foi a sensação que teve?
A sensação é fantástica, mas não passa de uma sensação.
Um plano para o futuro?
Não sei se o nosso presente nos permite planear o futuro, mas gostaria de poder contribuir para que o design português seja realmente respeitado no âmbito internacional.
Uma peça de roupa que considere intemporal?
Perfecto
Qual é o maior desafio que teve até hoje?
Sobreviver a instabilidade e volatilidade do mercado é um desafio contante.
Do seu ponto de vista, qual é o papel que acha que a moda tem na atualidade?
Hoje a moda sente a necessidade de adaptar-se.
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Por: Luana Teixeira





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